terça-feira, 30 de novembro de 2010

sem nome

parou o tempo
foi-se o hoje
que amanhã não existirá
o que existe do amanhã no hoje?

o sol e a lua
viveram uma ilusão
pois um viveu no dia
e o outro sempre na noite.


há quem diga
talvez em outra vida
o Sol iluminará a noite
e a Lua contemplará o dia.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Filosofia de botequim

Saibam que só há um caminho, o hoje, o presente, eu sou.
Não há bom senso se pensarmos somente no futuro.
Qual futuro? Aquele que temos a ilusão que planejamos?
Melhor não. Sejamos menos complexos e pensemos em sublimar dores para dar espaço à alegria.
Este é o melhor caminho. Nós provocamos nossas próprias angústias e medos.
Será que apenas fazemos isso para termos aquela felicidade de estarmos curados da tristeza? Sim, pois a alegria aparece quando damos fim a uma tristeza. Quantas bobagens fazemos ou quantas deveríamos fazer e deixamos de lado...
Pena...
Somos complexos ao ponto de esquecermos que hoje é hoje e que agora já passou...
Logo, o amanhã não existe.
É nada, apenas nada...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

«O amor em matéria de ausência,
se é sofrido,
não é grande;
se não é impaciente,
não é amor.» 
 

Música, Maestro!!

Ensaio...
Sempre complicado.
Começa a música, pára...mais intenso aqui...
mais suave no compasso...
mais articulado no texto que fala sobre...

Chega o momento de aquecermos os instrumentos (voz), começa a concentração. Nesses minutos gosto  somente ouvir e lembrar do que deve ser feito.

Ao entrar no palco e olhar a plateia, pessoas procurando seus lugares, pessoas procurando por outras...
O spala levanta e inicia-se o ritual de afinação dos instrumentos, clarinetes, metais, cordas, percussão.

Silêncio fatal...Hora de começar.
Finalmente, entra o maestro com seus passos firmes, espera, olha a todos bem lentamente, ergue os braços e começa a música.
São inesquecíveis esses minutos que dizem ao tempo:

-Para, espera, não passa porque a música começa!

Assim vamos, até o final. Tenho a sensação de que é a única força que existe já que sensibiliza os corações mais estáticos que possam existir.

Gostaria que todas as pessoas que gosto vivessem essa experiência.

Maestro...música por favor!!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Era uma vez...

Um lugar
Uma menina
Um lar
Uma família



Que amou
Que muito chorou
Que perdeu
Mas aprendeu

A errar

Mas, logo, acertar
A conviver
Em várias línguas
A sonhar
Para conseguir
A perdoar
para não mais perder
A amar
Para não morrer


Era uma vez...

domingo, 21 de novembro de 2010

Divagações...

Hoje preciso escrever e nem sei prá que...Não sei nem por onde começar...
A incompreensão da palavra dita e da palavra escrita é o que vigora.Tenho receio do que escrever, do que falar. É hora de parar, talvez seja isto o que deva escrever.
Temos que reconhecer as possibilidades e suas limitações.
Sou eu que devo reconhecer que minha vida não está mais prá improvisações, a dificuldade que enfrento com relação a isso é que nunca consegui não improvisar, sempre driblei regras de tal forma imperceptível para a maioria que passava invisível por tudo e por todos. Acho que desaprendi a improvisar, um pouco disso aprendi na Academia, no colégio...Prá isso não falta professor. Alguém, por gentileza e por desespero meu, explique-me como fazer prá viver uma vida sem criar, sem brincar, sem rir, sem buscar nas mínimas situações, nas menores palavras, uma incrível ideia ou um momento prá ser feliz????

Onde está a música que faz o mundo brilhar, girar, produzir, amar, conviver...
Minha música não existe mais (é o qie estou a sentir neste momento), minha voz apagou-se hoje, meu desejo por cantar se esvaiu.
Não admito fazer música meia boca, não admito fazer educação meia boca, não admito fazer qualquer coisa meia boca. Estou furiosa...
Que nada...estou triste mesmo...

Que pena...

Aeroportos de minha vida

Alegrias, tristezas, saudade...Muitos sentimentos perpassam e alinhavam acontecimentos no mundo de um aeroporto. Desde pequena andei por eles. A maior emoção sempre foi a chegada, não aqui...lá, seja onde for...Cada vez tive uma emoção diferente, mais ou menos assim:

Montevideo, o começo de tudo 1, pequeno, pacato, parecido com minha casa da infância, sempre por lá saia com meu pai;
Madrid, uma beleza sedutora e forte;
Lisboa, surpresas;
Rio, simpatico e cheio de emoções;
São paulo, nervoso e de uma fluidez infinita;
Belo Horizonte, muito canto e muitas fotos;
Paris, inacreditável quando chegamos; um choro só quando partimos;
Roma, encantador só de chegar perto e pensarmos em tocar seu chão;
Milan, pequeno, chiquérrimo;
Londres, cosmopolita e inexplicável;
Boston, cheio de medos e expectativas;
Nova York, quase ninguém gosta...eu o amo;
Baires, parecido com os porteños rsrsrsrsrs
Chile, carismático;
Porto Alegre, o começo de tudo 2;
Barilhoche, pequeno, aconchegante mesmo com todo o frrrrio;

Alguns outros, não provoocaram nada além de uma simples passagem para outro lugar.