terça-feira, 30 de junho de 2009

Music and Me (Michael Jackson & Mike Cannon)

We’ve been together
For such a long time now
Music, music and me
Don’t care whether all our songs rhyme now
Music, music and me

Only know wherever I go
We’re as close as two friends can be
There have been others
But never two lovers
Like music, music and me

Grab a song and come along
You can sing your melody
In your mind you will find
A world of sweet harmony
Birds of a feather
We’ll fly together
Now music, music and me
Music and me

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Tempo vai, vento vem

quero saber o que fazer
quando não sai da cabeça
o que não deveria ser
isso é sinal de loucura
tenho tentado escrever
para esquecer...
parece que não adianta
tentar ao vento vencer

sábado, 27 de junho de 2009

então...o que resta?

hoje estou impregnada de tempo
do tempo que passou
do tempo de hoje
do tempo que ainda não chegou

um dia subi num palco
e cantei
decidi que faria
até morrer

um dia fiz uma escolha
que mudou minha vida
decidi ensinar
e estudar para ensinar bem.

ouço o que não me agrada
vejo o que não queria
pessoas não fazem melhor
porque não conseguem amar.

ensinar o que não é sentido
não faz sentido
ensinar o que não é compreendido
não será aproveitado.

amo o que faço
faço porque preciso amar
quem não sabe disso
não sabe ensinar
o que é amar.
se um poema cai da pena
cai o céu sobre o papel
vaza lágrimas azuis
toda a vez que o verso flui
feito de sal ou de mel
de repente é uma vertente
que deságua em desvario
e quando fica cativo
entre as margens de um livro
se liberta e vira rio
se o poema vale a pena
ganha asas de cigarra
e se vai de mão em mão
pra cantarolar verão
no sol tênuo e das guitarras
ganha colo sob os olhos
de quem sofre do seu tema
e na folha de um caderno
o amor torna-se eterno
na magia do poema.
vaine darte/paulo paim)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O cúmplice

Crucificam-me e eu devo ser a cruz e os cravos.
Passam-me o cálice e eu devo ser a cicuta.
Enganam-me e eu devo ser a mentira.
Incendeiam-me e eu devo ser o inferno.
Devo louvar e agradecer cada instante do tempo.
Meu alimento é todas as coisas.
O peso preciso do universo,
a humilhação,
o júbilo.
Devo justificar aquilo que me fere.
Não importa minha ventura ou desventura.
Sou poeta.

(Jorge Luis Borges)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

O Sonho é solitário,
por isso é sonho.
Ao simplesmente expressar-se,
transforma-se em realidade!

A realidade está
na existência do Outro
Portanto...
O sonho une-se ao Outro
convertendo-se em Nós.

Eu... sonho
Nós... transformamos

terça-feira, 23 de junho de 2009

Mora em mim...

Para alguns...
Pessoas passam
Pessoas ficam um tempo
Pessoas, depois vão embora
*prá sempre

Por mim...
Pessoas não passam
Pessoas ficam
Marcadas no coração
Pessoas, nunca
embora vão
*mesmo que já tivessem ido

É sempre assim
Por isso que a saudade
Mora em mim...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Palavras...

Escrevo as palavras
ou elas sozinhas se escrevem?
Não sei...
Sei que faz bem.
Alivia a intensidade do que sinto
É como se tivesse um pacto com as letras.
Um segredo,
uma parceria,
uma cumplicidade,
como se já soubessem o que será escrito.

Se alguém ler o que escrito está
torna-se parte de um outro mundo.

Eis o Belo das palavras.
Elas eternizam um momento,
um segundo no tempo,
um carinho,
um olhar.

Tudo pode ser ínfimo
porém,
diante do infinito
pula-se do Inferno
para o Ser Eterno.

Ao Tempo

Tempo
Quando passas
me pergunto
se teremos um Tempo
no Tempo que passa
antes que a partida
vença
o Tempo que temos
no Tempo que passa...

Pois tenho medo
de perder
o Tempo
que aparece do nada
num Tempo que
quase não temos Tempo
prá nada.

Tempo que passa...
permite um Tempo
para que tenhamos Tempo
de não perder o Tempo
no Tempo que passa.

Beija-flor

Lindo Beija-flor
Que fita escondido uma flor
Com seu olhar encantador.
Voe a favor dos ventos!
Eles têm o poder
de encurtar distâncias
Fazendo sonhar a Flor
Com o dia em que
Terá um beijo
do seu beija-flor.

domingo, 21 de junho de 2009

Segundo Maria Bethânia e Alceu Valença (e eu...)

"Se eu morresse de saudade
Não poderia dizer
Que bom morrer de saudade
E de saudade viver"


"Ser um beija-flor
e voar até aí
para matar a saudade
e não ela a mim"

sábado, 20 de junho de 2009

Ontem foi ontem!

Outro dia
Ontem passou
Mesmo com as conturbações
Foi muito bom!
Difícil...
Mas, muito bom!
Minha querida Leda
És especial!
Teu carinho
Teu sorriso
Tua demonstração de confiança

Obrigada!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Para mim mesmo!

Alguns desafios parecem intransponíveis.
Bate aquele medo de enfrentá-los.
Quando criança, um sonho se repetia incansavelmente,
tinha que atravessar uma rua, sempre na esquina,
descia a calçada. Tentava chegar
ao outro lado, porém ficava caminhando sem sair do lugar.
Bom, daí aquele desespero que nos faz acordar
sem terminar o sonho e chegar finalmente ao objetivo.
...atravessar ruas,
...atravessar pontes,
...na real, algumas consegui, outras não.
Aprendi a conviver com essas frustrações,
eu acho...

Hoje vai ser assim?

O coração fica apertado,
a respiração ofegante,
as mãos tremem,
a insegurança toma o leme
e me leva sei lá bem prá onde...
Assim estou, agora.
Preciso controlar meus ímpetos,
falar com calma,
pensar nas palavras certas.

Mas...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Mi abuelo

Acho que ando um tanto adolescente,
uma atitude, por mínima que seja
parece o caos, a verdadeira revolução.
Só quando adolescente lembro desse tipo de sentimento,
uma inquietude permanente.
Porém, hoje uma coisa me acalma:
Um certo olhar...

E, desde ontem, não sai da cabeça um verso
que meu Táta (mi abuelito) me dizia
quando 'bambina', eram muitos, mas este
sempre esteve presente em mim,
pois, quando o cantava,
vinha acompanhado de um lindo sorriso,
daqueles que tornam alguns momentos inesquecíveis!

"Porque me miras
Si no me quieres?
Y, si me quieres,
Porque no me sacas a bailar?"


Quem não conhece?

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Certa vez, numa aula de História da Música - Musica Medieval e Renascentista -, quando o professor, meu querido professor Celso, entregava as primeiras provas do semestre, meu coração parecia sair pela boca. Não queria decepcioná-lo, principalmente.
Estudei muito, pois meu objetivo sempre foi o 10. A sala estava repleta, uns 45 alunos, por aí. Nunca chegava a minha. Ele sabia que a cada prova que entregava, me aterrorizava mais. Precisava provar para ele e para mim que era capaz de tirar 10. Ora bolas, era só estudar...
Pois, assim foi até a última prova, finalmente a minha. Nesse meio tempo, minha fantasia corria a 100 km/h na minha frente e não conseguia contê-la.
Antes de entregar-me a prova, olhou fundo nos meus olhos (sentava exatamente no meio da sala, na 1ª fila), e disse:
- Um dia a roda da fortuna está em cima, no outro...Ah! No outro não vais ter tanta sorte assim. Será que me conhecia tanto?
Lançou-me aquele desafio para provocar-me de tal forma que até o fim do semestre a roda da fortuna manteve-se no mesmíssimo lugar. Mais um 10, para meu ego estrondoso, só naquele momento, diga-se de passagem. Foi o máximo! Vibrei, encerrei meu semestre como a única aluna a tirar nas duas provas...10.

Quando lembro da Roda da Fortuna, esse fato vem junto, como se estivesse carimbado em minha alma.
Aliás, morro de saudade das aulas do professor Celso.

Só que...
O que fazer quando algumas coisas não saem como o previsto?
Penso demais no que certas pessoas pensam e isso começou a me atrapalhar.
Gostaria de não me preocupar tanto com tudo.

Desta vez, acho que a Roda da Fortuna me venceu...

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Quem sabe?

Olho para o céu
Vejo uma Lua
Linda a Lua!
Pergunto a ela...
Sabes?
Não.

Vejo uma Estrela
Parceira da Lua
Que brilha
com brilho emprestado
Pergunto a ela...
Sabes?
Não.

Resta-me a Noite
Com sua voz grave
E robusta
Que às vezes assusta
Pergunto a ela...
Sabes?

Ela me diz:
Espera o meu amigo Dia
Ele possui a clareza
da Luz da razão

Saberá te dizer que o brilho
está no Sol
que ilumina uma Paixão

terça-feira, 9 de junho de 2009

De Rita Apoema!!

Faço minhas suas palavras

Alguns escrevem pela arte,
pela linguagem,
pela literatura.
Esses, sim, são os bons.
Eu só escrevo para fazer afagos.
E porque eu tinha de encontrar um jeito de alongar os braços.
E estreitar distâncias.
E encontrar os pássaros:
há muitas distâncias em mim (e uma enorme timidez).
Uns escrevem grandes obras.
Eu só escrevo bilhetes para escondê-los,
com todo cuidado,
embaixo das portas.

domingo, 7 de junho de 2009

Liberd-arte!

A dona Liberdade...
Essa história é antiga.
O que busca eternamente
dar a mão à liberdade
no seu estado mais puro
é qualquer forma de Arte.

É na perene busca do Belo
que na expressão artística
se sente,
se ama,
se odeia,
se livra da escravidão eterna.

Utopia?
Não...
ARTE

Quando a dúvida se instala...

Por que a dúvida existe?

Gostaria de ter certeza de tudo.

De ter feito a coisa certa;
De saber que quem eu penso, pensa em mim;
De querer ser o melhor exemplo para minha filha;
De não ter dúvidas sobre amizade ou paixão;
De ser um exemplo de educadora.

É...
Sei lá (como uma amiga escreve...)

Muita coisa...
Será?

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Lamento!

Menina dos sonhos dourados
que adormece na lua minguante
reponta nos olhos a esperança
de sentir o calor
do toque de uma lembrança

Pede prá estrela primeira
que reponta no céu do escuro lamento
que a dor que se amarra no peito
pegue na madrugada
carona na garupa do vento

O mormaço do olhar profundo
que aquece o coração arteiro
da menina dos sonhos dourados
vai embora sem descobrir
o gosto do som do canto
no beijo roubado de um devaneio

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Digressão Pedagógica!

(especialmente para uma amiga de alguns anos)

Construir vínculos não é uma tarefa fácil.
Muitos sentimentos emergem, e ficam
expostos às condições do momento.

Durante as aulas, o conteúdo passa a um segundo
plano quando seres de tão pouca idade ficam com
os olhos fitados em mim.
Porém...
O que será que estão olhando?
Será a roupa?
Será meu jeito meio doida,
fazendo
e dizendo tantas palavras
quase que ao mesmo tempo?
Pergunto:
- O que foi? Tudo bem?

Batem na porta.

- Oi professora! Como está meu filho?

Fico remoendo possibilidades de respostas.
Os laços familiares são a sustentabilidade
para que a confiança em si mesmo seja sólida,
para que a atitude com relação ao mundo esteja
assentada no amor,
no perdão,
na ponderação,
na tolerância,
na justiça
na solidariedade.

A escola é o espaço do saber, portanto tem o dever de
estimular na conscientização das problemáticas relacionadas
à aprendizagem. Se essas problemáticas passam pela família,
o que parece bem claro hoje, não há como evitar essa relação.
Porém, tudo tem limite...inclusive a escola
através de TODOS os setores.

Alguns aspectos nos cabem, outros não.
E como uma vez ouvi do Diretor:
"É o uso do Bom Senso"
Assim estamos.
Não vou esquecer. Aprendi.
Temos que parar e pensar, pois os impulsos
devem ser controlados (quase sempre hehe)
Só que o uso do bom senso requer sabedoria
e conhecimento.
Nossa relação com pais, mães e afins estão na reta
do aspecto pedagógico com as variáveis que nela recaem.
Temos que saber o nosso limite,
se queremos que outros compreendam os seus limites.

- Ah! Mas...

- Sem mas...

Ponto final.

(Apenas uma hipótese para explicar o que penso. Não aconteceu.)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Qualquer loucura semelhante é mera coincidência!

Te sonho
Acordo

Te penso
Distraio

Te vejo
Tremo

Te esqueço
Não dá

Te falo
O quê?

Me perco
Já foi...

Ao deus do frio!

Oi Frio!
Quando apareces,
muitas vezes
trazes na carona
a cor acinzentada,
íntima amiga da melancolia.

Quando andas de mão
com o amarelo,
no "azul da cor do mar"
e no verde das campereadas
brilhas por demais,
refletindo na boca
o sorriso guardado
e o beijo
que não foi consumado.

É...
O cinza insiste em andar contigo...

Pensa bem...
Ficas mais elegante
quando o branco galante
entra na parada
caindo sem querer
para aproximar os corações
dos caminhos do bem querer.

Ei...Frio...
Gostaria de te pedir
que cuides bem
de quem não tem
nenhuma cor no caração.
Pois...
É bem aí
que o cinza
gosta
de aparecer.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Achei linda e reescrevo aqui!!!

Improviso Insensato
(Davi Drummond)

sem papel
ou guardanapo
o poeta disfarça
emudece e segue
seu caminho

deixa para
o mundo
a poesia que
ninguém fala
ninguém sabe
ninguém viu

mas todo
aquele que
ali passou
tem a certeza
de que sentiu

Homenagem ao Rei

A vida é...
um entrar e sair de ilusões
sem saber se é para rir ou chorar,
...mas o importante
é que emoções vivemos!

Segundo o REI...
Quando temos muito prá falar
com palavras não sabemos dizer!

Será que é por isso que a música fala??