terça-feira, 31 de maio de 2011

O Som do meu coração

"Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.”
(Mário Qui
ntana)
“A memória é o sentinela do cérebro.” (William Shakespeare)
"E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace"  (Samuel Rosa / Nando Reis)
“Se você ama alguém, deixe-o livre.” (Stanislaw Jerzy Lec)
"Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite." (Clarice Lispector)
“Os sensíveis são simultaneamente mais infelizes e felizes que os outros.” (Clarice Lispector)
“Nada nos deixa tão solitários quanto nossos segredos.” (Paul Tournier)
"Vou fingir que estou beijando os lábios dos quais sinto falta,
e torcer pra meus sonhos virarem realidade."  (John Lennon)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Vim assim da minha sessão... (Clarice Lispector)

Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...
 Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...

Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo,
lembrando do passado e apostando no futuro...

Sinto saudades do futuro, que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser... (aqui já estou pressentindo...)

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria e nem apareceu;
de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!  
(meu Pai)

Daqueles que não tiveram como me dizer adeus;  
(da minha amiga Beth Hack)
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!
 
Sinto saudades de coisas que tive e de outras que não tive
mas quis muito ter!
Sinto saudades de coisas que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias, de coisas hilariantes,
de casos, de experiências... 
(de músicas...)
Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!
Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar. (muitos...)

Sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade. (não tem volta...)

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
em japonês, em russo, em italiano, em inglês...
(em alemão, em español)
mas que minha saudade, por eu ter nascido no Brasil,  
(só a metade minha nasceu aqui)
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.
 
Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor... declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.(ou não?)

Eu acredito que um simples "I miss you" ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima corretamente a imensa falta
que sentimos de coisas ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito, meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor do que um sinal vital
quando se quer falar de vida e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis!
De que amamos muito o que tivemos
e lamentamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existência...

(quero continuar sentindo o que sinto, é muito bom, mesmo com toda a dor do mundo, o que inevitável, não me importo com isso, não me importo de sofrer. Sofrer?? Dois dias de choro e...só... Mas, também quero viver o que sinto ... só falta descobrir como no Tempo que tenho)

domingo, 29 de maio de 2011

Nossa!
Como pode haver um vazio tão profundo, um espaço tão... improdutivo, que só serve para nos fazer chorar sem razão alguma?
Expliquem os entendidos no assunto...
Tantos escrevem sobre isso, e nada...
Chegam a lugar algum.
Nenhuma dor se alivia com explicações escritas sobre algo que nunca sentiram...

Somente quem vê o que não é visto;
ouve o que não é ouvido;
escreve o que ninguém entende;
cria o que dentro de si já existia mas mantinha-se escondido...

Só esses podem chegar perto da compreensão do que significa
uma solidão.

Ok. Já me aliviei...

sábado, 28 de maio de 2011

Por que não posso mudar a Realidade com minhas ideias?

Quase sempre consigo sublimar o que sinto, pois as coisas do mundo ressoam em mim de uma forma tão intensa que se, até agora, não as tivesse sublimado de alguma maneira (escrevendo, cantando, desenhando, dançando, tocando meu piano) não estaria viva ou estaria co,pletamente desorganizada mentalmente.
Neste exato momento estou sublimando saudade, tristeza, vontade de tocar (só que não dá aqui em casa) ao escrever.

Deus, se está aí, por gentileza, me ajude.
As formas que tenho encontrado não estão me satisfazendo mais....
Será que o vinho vai me ajudar, pô!!!!!

Não aguento mais.............

Cine Fórum

Apresentação e Debate do Filme "Abutres"
          Dia 11 de junho de 2011
às 09 horas na sede da SBPdePA.
Faça sua inscrição pelo e-mail
sbpdepa@terra.com.br
ou pelo telefone: (51) 3333.6857
 Nosso amigo freud :

A felicidade é um problema individual. 
Aqui, nenhum conselho é válido. 
Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz.






http://www.sbpdepa.org.br/

Cartas

Quando uma certa idade tinha, início da adolescência, gostava de escrever. Fazia minha cama de mesa, e escrevia... sobre a vida, sobre as paixões, sobre as tristezas.
Durante um tempo esqueci que isso acontecia.
Escrevia cartas para minha tia.
Escrevia cartas para amigas minhas...

O que é preciso para que voltemos a escrever uma carta?
Nem lembro como começa...

Sei que há cartas enormes recheadas de palavras a serem ditas ou que talvez nunca terão vida,
serão apenas sonhadas;
entre uma mão e outra;
entre um olhar e outro;
entre uma silêncio e outro;

no abraço não dado;
no beijo desejado;
no amor imaginado.

Muitas cartas, lindas cartas.
sorridentes e perfumadas.

... Se algum dia forem escritas,
pode ser que também sejam vividas.
Pois as cartas carregam palavras,
de todos os tipos, em todos os sentidos.
Amassadas ou apagadas, as palavras se juntam
numa combinação infinita.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

volto a ele...sempre me ajuda...

Carlos Drummond de Andrade

AUSÊNCIA

Por muito tempo achei que a ausência é falta.

E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.


DEFINITIVO

Definitivo, como tudo o que é simples.

Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos

o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas

as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os

momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo

confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?

O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um

verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!! 
(impossível...)
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.

O sofrimento é opcional...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Parece que a gente volta a ser criança...

“Estive pensando nesse mistério que faz com que a vida da gente se encante tanto por outra vida. E sinta vontade de escrever poemas. Garimpar estrelas. Deixar florir pelo corpo os sorrisos que nascem no coração. Nesse mistério que nos faz olhar a mesma imagem inúmeras vezes, sem cansaço, seja ela feita de papel ou de memória. Que nos ...faz respirar feliz que nem folha orvalhada. Querer caber, com frequência, no mesmo metro quadrado onde a tal vida está. Cantarolar pela rua aquela canção que a gente não tinha a mínima ideia de que lembrava.
Estive pensando nesse mistério lindo que você é para alguém e alguém é para você ou que ainda serão um para o outro. Nessa oportunidade preciosa dos encontros que nos fazem crescer no amor com o tempero bom da ludicidade. Nesse clima de passeio noturno em pracinha de cidade pequena. Nessa paz que convida o coração pra recostar e repousar cansaços. Nesse lume capaz de clarear um quarteirão inteirinho da alma. Nesse abraço com braços que começam dentro da gente. Nessa vontade de deixar o mundo todo pra depois só para saborear cada milímetro do momento embrulhado pra presente.”

(Ana Jácomo)
Gostaria de lhe desejar tantas coisas. Mas nada seria suficiente para repassar o que realmente desejo a você. Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto, ao rumo da sua FELICIDADE!!!”

(Carlos Drummond de Andrade)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O que dizer de um dia como hoje?

nada...

a não ser

que a angústia foi minha companhia fiel...



"Um fogo devora um outro fogo. Uma dor de angústia cura-se com outra."


terça-feira, 24 de maio de 2011

...Em Movimento

Imagino a vida assim, sempre em movimento
Numa esquina, um encontro.
Numa curva, um desencontro.
Num cruzamento, uma surpresa.
No final do percurso, a esperança.
Ao ouvir uma música, uma lembrança.
Na taça de um vinho, um brinde.
No Brinde, a vida, a sorte, o amor.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Clarice Lispector

“Que minha solidão me sirva de companhia.
Que eu tenha a coragem de me enfrentar.
Que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.”
Ámen

domingo, 22 de maio de 2011

Presente, Futuro e Psicanálise - artigo da Folha de São Paulo de hoje - 22/05/2011

A psicanálise continua sendo, com seus avanços, poderosa arma terapêutica de ampliação do conhecimento sobre cada um e sobre relações humanas


Como dispor do tempo que ainda viveremos -esse é nosso desafio, universalmente humano. Vale para qualquer idade e qualquer tempo, desconhecido, que a vida nos reservará. O presente é o fim e o início de dois tempos, passado e futuro, e é nele, no trânsito entre nossas recordações e nosso destino, que temos o nosso dizer e fazer.
O futuro se ancora nas escolhas que fazemos hoje, dentre aquilo que a vida nos apresenta e nossas criações próprias. Vivê-lo com qualidade ou jogá-lo fora depende de nós. Nos é dado redimensionar e reorganizar em nós o passado, mas, óbvio, não o viveremos mais.
Passado e futuro são referências apenas do presente. É disso que trata uma psicanálise. Diferentemente do que muitos imaginam, o fazer psicanalítico contemporâneo não se refere a falar do passado para entender o presente.
Ao inverso, por meio das formas relacionais que alguém mostra na sala de análise pode-se reconstruir imaginativamente seu passado, não necessariamente o factual, vivido "de fato", mas, sim, a narrativa que dele faz para si mesmo.
Mais do que explicar, refere-se a compreender -ou criar sentidos em que a própria mente é apenas virtualidade, uma protomente.
Mais do que conjeturar o passado, importa configurar graus crescentes de liberdade interior para o indivíduo lidar com o presente e com a trama que imprime às suas relações, se apropriando daquilo que se vai revelando verdadeiro em seu ser. A apropriação de sua singularidade radical, a favor da vida, pode-se dizer o escopo nuclear de um processo analítico.
Não se trata, por exemplo, de uma pessoa não sofrer, mas, sim, de desenvolver seus equipamentos, em auxílio a se desviar dos sofrimentos evitáveis e enfrentar os que não o são. É assim que podemos ajudar. Estamos mais instrumentados que na época de Freud.
Além dos outros grandes mestres, a psicanálise segue, como todo campo de saber, sendo construída num trabalho diário de muitas mãos. Na Associação Psicanalítica Internacional, que Freud fundou, convivem e conversam entre si diversos modos de pensar, sendo natural, num mundo em rede como o nosso, um influenciar o outro.
Mantém-se perspectiva plural, para a maioria, por vezes pluralista.
A psicanálise representa hoje a peça de resistência do estudo da subjetivação e da subjetividade humana e segue tendo enorme influência em inúmeras outras áreas.
Continua sendo, com seus avanços, uma poderosa arma terapêutica de ampliação do conhecimento sobre cada um e sobre relações humanas.
Possibilitando a atualização de sua existência a cada um, permanece como uma ferramenta preciosa na busca de uma vida psíquica de qualidade. Como cada um de nós, ela não está pronta, fechada em seu saber e fazer. Influencia e é influenciada pelo tempo e pelo espaço que a circunda.

PLINIO MONTAGNA, mestre em psiquiatria, psicanalista, é presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP), membro componente da Associação Psicanalítica Internacional. Foi docente da Faculdade de Medicina da USP.

http://sergyovitro.blogspot.com/2011/05/presente-futuro-e-psicanalise-plinio.html

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A partir de um olhar

Do olhar à palavra
Da palavra ao vínculo
Do vínculo ao entendimento
Do entendimento à cumplicidade
Da cumplicidade ao Amor

Mas...
Entre o olhar e a palavra
Algo acontece...
É nesse instante que a Música fala
E a Poesia emerge

Como toda mujer - Maria Marta Serra Lima

Como toda mujer tengo algo en común
Soy celosa del hombre que ame, soy tan amante
Impetuosa, rebelde y voraz, caprichosa, violenta y
Audaz como toda mujer, como todas.

Como toda mujer a menudo me da
Por callar injusticias y luego llorar en silencio
Explotar por alguna idiotez verme mal de cabeza a los pies
Como toda mujer, somos la misma piel.

Como toda mujer yo me entrego al amor
Sin medida, sin tiempo, y con todo cuando alguien me quiere
Como toda mujer me emociona
Una flor, un te quiero, mil cosas, como toda mujer, como todas.

Como toda mujer soy la guerra y la paz
Si ocupar mi lugar no permito que nadie me engañe
A tropiezos me hice coraje no soy fruta prohibida de nadie
Como toda mujer, como aquella y usted.

Como toda mujer desconfiada yo soy
Tan segura de si y otras veces un poco cambiante
Yo soy débil y fuerte a la vez, con virtudes y defectos y que...
Como toda mujer, como todas.

Como toda mujer yo me entrego al amor
Sin medida, sin tiempo, y con todo cuando alguien me quiere
Como toda mujer me emociona
Una flor, un te quiero, mil cosas, como toda mujer, como todas.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Fuegos grandes o fuegos chicos...

" Un hombre que subió al alto cielo...dijo que al contemplar la vida desde allá arriba, somos un mar de fueguitos.
El mundo es eso, reveló, un montón de gente y un mar de fueguitos.
No hay dos fuegos iguales.
Cada persona brilla con luz própia entre todas las demás.

Hay fuegos grandes y fuegos chicos y fuegos de todos los colores.
Hay gente de fuego serenoque ni se entera del viento,
y hay gente de fuego loco que llena el aire de chispas.

Algunos fuegos, fuegos bobos, no alumbran ni queman.

Pero otros...,
otros arden la vida con tantas ganas que no se puede mirarlos sin parpadear y quién se acerca, se enciende."

Eduardo Galeano

Entendo um monte de coisas, desentendo mais um monte. Porém, num outro monte estão as que realmente não entendo

Somos seres solitários, subjetivos, discursivos, técnicos, intimistas, imaginativos e tantas coisas mais...
Parece que estamos todos fragmentados e para sempre, inclompletos. Vivemos momentos que de tão efêmeros, possibilitam a ida e vinda mais livre, mais democrática. Tudo é traduzido por um instante. Um breve instante de partilha de experiências. Pois aqui faz-se presente a imaginação, a fantasia do nosso ideal de amor e paixão eternos.
Como se o físico fosse dominado pelo mental (bah...nem sei o que digo mais...)
Perfeito tudo, ao menos...parece.
Não é fácil quando realidade e imaginação se mesclam de tal forma que não sabemos mais onde uma começa e onde começa a outra. Mais ou menos isso...
A essência de tudo é que não somos seres estanques, temos uma autorepresentação e a nossa se interliga com a dos Outros.
Aqui complica ....

Não pretendo complicar tanto
gostaria de estreitar cantos
acho bem melhor...

Portanto
Neste breve instante
De leitura e paixão
...apenas...
canto

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Um pouco de Manoel de Barros

"...há pessoas que se compõem de atos, ruídos, retratos.
Outras de palavras.
Poetas e tontos se compõem com palavras."
(eu, por exemplo, sou uma tonta...)

"A maior riqueza do homem é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado. (...pois é...)
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não agüento ser apenas um sujeito que abre
portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que
compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas."

"O sentido normal das palavras não faz bem ao poema.
Há que se dar um gosto incasto aos termos.
Haver com eles um relacionamento voluptuoso.
Talvez corrompê-los até a quimera.
Escurecer as relações entre os termos em vez de aclará-los.
Não existir mais rei nem regências.
Uma certa luxúria com a liberdade convém."

sábado, 14 de maio de 2011

Criatividade

Tenho ouvido falar muito nessa palavra. Muito bom.
Uma época em minha vida a tinha,
noutra época a perdi mundo afora.
Hoje...
...não sabia que havia voltado para mim.

Fico feliz!
É a única coisa que pode ajudar a viver melhor,
a conviver melhor,
a amar melhor
e a morrer melhor!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Pedaços de letras 10

Minueto

"...  Soy de un lugar
donde el viento se calma al llegar,
donde nadie es mejor ni peor,
sino igual,
no impota su ideal.
No tengo edad,
ni presumo de ser liberal,
ni me gusta que hable
quien no puede hablar,
ni que me jusgue el azar.
Entre bohemia y burguesia,
mi sangre se queja;
nadie la quiere escuchar,
y aunque se diga otra cosa
es roja y no rosa,
que es su color natural...
Soy de un lugar
donde el viento se calma al llegar,
donde nadie es mejor ni peor,
sino igual,
no impota su ideal.
No tengo edad,
ni presumo de ser liberal,
ni me gusta que hable
quien no puede hablar,
ni que me jusgue el azar..."


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Pedaços de Letras 9

 "...Viver a divina comédia humana onde nada é eterno
Ora direis, ouvir estrelas, certo perdeste o senso
Eu vos direi no entanto:
Enquanto houver espaço, corpo e tempo e algum modo de dizer não,
Eu canto"
 
 

"Fujo da IN-Felicidade lutando contra a própria Felicidade"

Alguém me explica

Por que isso?

É algum tipo de loucura?

Não estou tolerando mais determinadas coisas, suportando alguns comportamentos, conseguindo conviver com certas limitações, minhas próprias com relação ao mundo.
Ando pelos limites de tudo, com todos...
Luto por algo que não sei o que é e fujo do que penso não compreender.

É... não dá mais... preciso tentar me libertar de mim mesmo.

(Como pode um curso de Psicologia não fazer seleção? Como pode as próprias pessoas não se darem conta que não chegarão ao final do curso?)

Estou pensando

Não sei se faço ou desfaço
Não sei se beijo ou abraço
Não sei se fujo ou luto
Não sei a cura do mundo

Não sei se danço ou canto
Apenas sei que encanto! (?)
Não sei se sonho ou acordo
Não se se me alegro ou choro

Não sei se curo o mundo
Apenas sei que o amor é tudo!


Ao usar este artigo, mantenha os links e faça referência ao autor:
Estou pensando publicado 15/07/2010 por Paulo José Lima em http://www.webartigos.com

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Entre o homem e o amor,
Existe uma mulher.
Entre o homem e a mulher,
Existe um mundo.
Entre o homem e o mundo,
Existe um muro.
 


(Antoine Tudal)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Palavras do dia de hoje (vejam bem, começou às 6h)

Sono
Sonho
Acordar...
(que pena)
Queria continuar...

Racionalizar

Hospital
Atraso
Enfrentar o desafio...
(odeio exames)

Provas
Análise
Revendo
Abraços
(minhas crianças)

Estudar
Escutar
Trânsito
Tempo...
(só passa e me deixa)

Observar

Explicar
Tolerar
(esta parte tá difícil...)
Esperar...

Cadê
O sorrir
O olhar
O abraçar
O beijar?

(melhor esquecer...)

domingo, 1 de maio de 2011

mario benedetti - alegria de la tristeza

En las viejas telarañas de la tristeza
suelen caer las moscas de sartre
pero nunca las avispas de aristófanes

uno puede entristecerse
por muchas razones y sin razones
y la mayoría de las veces sin motivo aparente
sólo porque el corazón se achica un poco
no por cobardía sino por piedad

la tristeza puede hacerse presente
con palabras claves o silencios porfiados
de todas maneras va a llegar
y hay que aprontarse a recibirla

la tristeza sobreviene a veces
ante el hambre millonaria del mundo
o frente al pozo de alma de los desalmados
el dolor por el dolor aje
no es una constancia de estar vivo
después de todo
pese a todo
hay una alegría extraña
desbloqueada
en saber que aún podemos estar tristes