quinta-feira, 31 de março de 2011

Coquetear con la intuicion no es para todos
Hay que saber esquivarse de lo que nos entristece
Conocer lo que no se conoce
Soñar, pensar que se puede,
algunas veces...
Pero que no se puede
siempre...

Por todo eso...
Canto!

quarta-feira, 30 de março de 2011

Dúvidas ...

Se sonhar é 'tentar' satisfazer desejos, quem mais sonha é quem mais tem energia para desejar, aprender, tem mais curiosidade em conhecer o mundo e seus mistérios, será???
E quem não sonha??

Lá no Inc. os desejos se mantém extremamente fortes, intocáveis, portanto ao encaminharem-se ao Pcsc tomarão um caminho em que ficarão fragilizados e poderão não acontecerem. Assim, então, não seria melhor ficarem por lá???

Eu disse isso??
Bem capaz...

sexta-feira, 25 de março de 2011

Orfeu e Eurídice

"Orfeu, filho de Apolo e da Musa Calíope, recebeu de seu pai, como presente, uma lira e aprendeu a tocar com tal perfeição que nada podia resistir ao encanto de sua música. Não somente os mortais, seus semelhantes, mas os animais abrandavam-se aos seus acordes e reuniam-se em torno dele, em transe, perdendo sua ferocidade. As próprias árvores eram sensíveis ao encanto, e até os rochedos. As árvores ajuntavam-se ao redor de Orfeu e as rochas perdiam algo de sua dureza, amaciadas pelas notas de sua lira.

Himeneu foi convocado para abençoar com sua presença o casamento de Orfeu e Eurídice, mas, embora tivesse comparecido, não levou consigo augúrios favoráveis. Sua própria tocha fumegou, fazendo lacrimejar os olhos dos noivos. Coincidindo com tais prognósticos, Eurídice, pouco depois do casamento, quando passeava com as ninfas, foi vista pelo pastor Aristeu, que, fascinado por sua beleza, tentou conquistá-la. Ela fugiu e, na fuga, pisou em uma cobra, foi mordida no pé e morreu. Orfeu cantou o seu pesar para todos quantos respiram na atmosfera superior, deuses e homens, e, nada conseguindo, resolveu procurar a esposa na região dos mortos. Desceu por uma gruta situada ao lado do promotório do Tenaro e chegou ao reino do Estige, atravessando o lago na barca guiada por Caronte. Passando através de multidões de fantasmas, apresentou-se diante do trono de Plutão e Prosérpina e acompanhado pela lira, cantou:

"Ó divindades do mundo inferior, para o qual todos nós que vivemos teremos que vir, ouvi minhas palavras, pois são verdadeiras. Não venho para espionar os segredos do Tártaro, nem para tentar experimentar minha força contra o cão de três cabeças que guarda a entrada. Venho à procura de minha esposa, a cuja mocidade o dente de uma venenosa víbora pôs fim prematuro. O Amor aqui me trouxe, o Amor, um deus todo-poderoso entre nós, que mora na Terra e, se as velhas tradições dizem a verdade, também mora aqui. Imploro-vos: uni de novo os fios da vida de Eurídice.

Nós todos somos destinados a vós, por essas abóbadas cheias de terror, por estes reinos de silêncio, e, mais cedo ou mais tarde, passaremos ao vosso domínio. Também ela, quando tiver cumprido o termo de sua vida, será devidamente vossa. Até então, porém, deixai-a comigo, eu vos imploro. Se recusardes, não poderei voltar sozinho; triunfareis com a morte de nós dois.

Enquanto cantava estas ternas palavras, os próprios fantasmas derramavam lágrimas. Tântalo, apesar da sede, parou, por um momento seus esforços para conseguir água, a roda de Íxon ficou imóvel, o abutre cessou de despedaçar o fígado de Prometeu, as filhas de Danao descansaram do trabalho de carregar água em uma peneira e Sísifo sentou-se em seu rochedo para escutar. Então, pela primeira vez, segundo se diz, as faces da Fúrias umedeceram-se de lágrimas, Prosérpina não pôde resistir, e o próprio Hades cedeu. Eurícide foi chamada, e saiu do meio dos fantasmas, recém-vindos, coxeando, devido à ferida no pé. Orfeu teve a permissão de levá-la consigo, com uma condição: a de que não se voltaria para olhá-la, enquanto não tivessem chegado à atmosfera superior. Nessas condições, os dois saíram, Orfeu caminhando na frente e Eurídice, atrás, através de passagens escuras e íngremes, num silêncio absoluto, até quase atingirem as risonhas regiões do mundo superior, quando Orfeu, num momento de esquecimento, para certificar-se de que Eurídice o estava seguindo, olhou para trás, e Eurídice foi, então, arrebatada. Estendendo os braços, para se abraçarem, os dois apenas abraçaram o ar! Morrendo pela segunda vez, Eurídice não podia recriminar o marido, pois como haveria de censurar sua impaciência em vê-la?

- Adeus! - exclamou - Um último adeus!

E foi afastada, tão depressa, que o som mal chegou aos ouvidos de Orfeu. Ele tentou seguí-la, e procurou permissão para voltar e tentar outra vez libertá-la, mas o rude barqueiro repeliu-o e recusou passagem. Orfeu deixou-se ficar à margem do lago durante sete dias, sem comer nem dormir; depois, amargamente acusando de crueldade as divindades do Érebo, cantou seus lamentos aos rochedos e às montanhas, abrandando o coração dos tigres e afastando os carvalhos de seus lugares. Manteve-se alheio às outras mulheres, constantemente entregue à lembrança de seu infortúnio. As donzelas trácias fizeram tudo para seduzí-lo, mas ele as repeliu. Elas o perseguiram enquanto puderam, mas, vendo-o insensível, certo dia, excitada pelos ritos de Dionísio (*Baco*), uma delas exclamou: "Ali está aquele que nos despreza!" e lançou-lhe seu dardo. A arma, mal chegou ao alcance do som da lira de Orfeu, caiu inerme aos seus pés. O mesmo aconteceu com as pedras que lhe foram atiradas. As mulheres, porém, com sua gritaria, abafaram o som da música e Orfeu foi então atingido e, dentro em pouco, os projéteis estavam manchados de seu sangue. As furiosas mulheres despedaçaram o vate e atiraram sua lira e sua cabeça ao Rio Orfeu, pelo qual desceram ainda tocando e cantando a triste música, à qual as margens do rio respondiam com plangente sinfonia. As Musas ajuntaram os fragmentos do corpo de Orfeu e os enterraram em Limetra, onde, segundo se diz, o rouxinol canta sobre seu túmulo mais suavemente que em qualquer outra parte da Grécia. A lira foi colocada por Zeus entre as estrêlas. A sombra do vate entrou, pela segunda vez, no Tártaro, onde procurou sua Eurídice e a tomou, freneticamente, nos braços. Os dois passearam pelos campos venturosos, juntos agora, indo ele, às vezes, na frente, às vezes ela, e Orfeu a contemplava tanto quanto queria, sem ser castigado por um olhar descuidado.


Da história de Orfeu, Pope tirou um exemplo do poder da música, em sua "Ode ao Dia de Santa Cecília". A estrofe seguinte relata a conclusão da história:

Muito cedo, porém, volve os olhos Orfeu
E de novo ela cai, e de novo morreu!
Como conseguirá as três Parcas domar?
Crime não houve teu, se não é crime amar.
E, agora, debruçado sobre os montes,
Junto à água das fontes
Ou onde o Hebro abre seu caminho
Orfeu chora sozinho
E, em luto e pranto, invoca a alma querida,
Para sempre perdida!
Agora, todo em fogo, clama, ardente,
Sobre a neve do Ródope imponente,
E ei-lo, furioso como o vento, voa
E, em torno, o ardor da bacanal ressoa.
Está morrendo, vede, e a amada canta,
Seu nome vem-lhe aos lábios, à garganta,
"Eurídice", a palavra derradeira.
"Eurídice", dizem as matas,
"Eurídice", as cascatas,
Repete o nome a natureza inteira."

"Orfeu e Eurídice" de Thomas Bulfinch, em O LIVRO DE OURO DA MITOLOGIA,
Ediouro, 2000.


domingo, 20 de março de 2011

palavras de hoje

decepção
raiva
tristeza
abandono
desvalorização
vontade de acabar com tudo

solidão...

terça-feira, 15 de março de 2011

"Rir é correr risco de parecer tolo.
Chorar é correr o risco de parecer sentimental.
Estender a mão é correr o risco de se envolver.
Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu.
Defender seus sonhos e idéias diante da multidão é correr o risco de perder as pessoas.
Amar é correr o risco de não ser correspondido.
Viver é correr o risco de morrer.
Confiar é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de fracassar.
Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar nada.
Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada.
Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas elas não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem.
Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua liberdade.
Somente a pessoa que corre riscos é livre!" - Seneca (orador romano
)

domingo, 13 de março de 2011

Perdi ou me perderam...

Não consigo dormir...
Fiquei pensando em várias coisas, é impossível pensar em uma só de cada vez.
Tenho um desafio pela frente profissional com o qual estou muito feliz. Tenho uma filha linda. Tenho amigos especiais. Hoje tinha uma Lua no ceu, pequena e bonita. Minhas amigas são fantásticas. Sinto-me feliz quando chega de manhã, um novo dia começa e meus alunos esperam encontrar-me.

Mesmo assim, algo causou-me uma grande tristeza. Tudo o que é dito é interpretado. Ouvi e interpretei de um jeito que não me fez bem.
Acho que fiz tudo errado...

Perdi ou me perderam...

quarta-feira, 9 de março de 2011

"Amorosamente, a saudade se instala no alpendre do tempo,desejosa de novas paixões para mudar o passo das coisas presentes."
(Leontino Filho)

segunda-feira, 7 de março de 2011

Mulher

Complicada? Talvez
Sensível? Quase sempre
Protetora? Por instinto
Criativa? Por necessidade
Furiosa? Diante da injustiça
Pacificadora? Depende da situação
Carinhosa? Para ser amada
Falante ao extremo? Para sentir menos Dor
Mãe? Para sempre
Companheira? Quando ama
Exigente? Porque vê o Outro
Envolvente? Quando é preciso
Amada? Quase nunca...

O que quer uma mulher? Martha Medeiros



Uma mulher quer ser egoísta, mas também quer colocar comida na mesa, ter filhos, ser amada e cada dia mais feliz

Uma mulher quer que suas unhas não quebrem nem descasquem. Uma mulher quer se sentir atraente com o peso que tem. Uma mulher quer ver seu trabalho valorizado. E quer ganhar dinheiro com ele. Uma mulher quer ser amada. Quer viver apaixonada.
E quer se divertir.
Poderíamos encerrar a questão neste primeiro parágrafo, mas como a página necessita ser preenchida, avante.
Uma mulher quer ter filhos. Ou já quis um dia. Uma mulher com filhos quer ter mais tempo pra ela. E uma mulher com tempo de sobra quer uma rotina mais agitada. Uma mulher só não quer o tédio.
Uma mulher quer um cabelo que não precise ser constantemente pintado, arrumado, escovado. Um mulher quer conversar. Uma mulher quer ficar em silêncio. Uma mulher quer que lhe telefonem de surpresa e lhe digam coisas que a façam ficar sem palavras.
Uma mulher quer deixar um homem maluco. E ter, ela mesma, o direito de enlouquecer.
Uma mulher quer aprender a ser mais egoísta. Quer, ao menos uma vez na vida, pensar só nela e em mais ninguém.
Uma mulher quer inspirar um poema.
Quer ser musa.
Mas não quer ser confundida com mulher que não controlam a própria vaidade e pagam mico nas páginas das revistas.
Uma mulher quer colocar comida na mesa e que as crianças raspem o prato, uma mulher quer seus filhos saudáveis e felizes, uma mulher quer que eles durmam a noite toda, de preferência em casa.
Uma mulher quer desligar a tevê.
Uma mulher quer sexo.
Uma mulher quer devorar um pão de meio quilo sem culpa. Uma mulher quer sair bonita na foto. Uma mulher quer dormir mais cedo. Uma mulher quer ser reparada na festa.
Uma mulher quer que seu carro não a deixe na mão.
Uma mulher quer ser escutada.
E quer escutar os homens, que pouco se abrem.
Uma mulher quer fazer algo pela sociedade. Quer ajudar quem precisa. Quer ser útil. Em troca, quer que a ajudem com as sacolas. E que a amparem na dor.
Uma mulher quer ter o gostinho de dizer não para os cafajestes.
Por mais que ela queia dizer sim.
Uma mulher quer morrer de rir.
Uma mulher quer que não a levem tão a sério. Quer batalhar por seus ideais sem se embrutecer. Uma mulher quer de vez em quando demonstrar seus dotes de atriz. Uma mulher quer brilhar no escuro.Uma mulher quer paz. Uma mulher quer ler mais, viajar mais, conhecer mais. Uma mulher quer flores. Quer beijos. Quer se sentir viva. E quer viver pra sempre, enquanto for bom.
Está respondido, doutor Freud.
Não somos assim tão complicadas!