sábado, 27 de junho de 2009

se um poema cai da pena
cai o céu sobre o papel
vaza lágrimas azuis
toda a vez que o verso flui
feito de sal ou de mel
de repente é uma vertente
que deságua em desvario
e quando fica cativo
entre as margens de um livro
se liberta e vira rio
se o poema vale a pena
ganha asas de cigarra
e se vai de mão em mão
pra cantarolar verão
no sol tênuo e das guitarras
ganha colo sob os olhos
de quem sofre do seu tema
e na folha de um caderno
o amor torna-se eterno
na magia do poema.
vaine darte/paulo paim)

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