Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não
Vinícius de Moraes
Assim como em música, este espaço dedica-se a ideias entre um sentimento e outro que aparecem sem querer, ou por necessidade que poderão vir a modular um tema emocional, oferecendo vários sentidos a ele e a quem o expressa. É...na verdade, é só um blog como outro qualquer, com uma montanha de palavras que algumas vezes parecem fazer sentido, outras vezes...não
segunda-feira, 31 de maio de 2010
domingo, 30 de maio de 2010
Uns Versos Quaisquer (Fernando pessoa)
Vive um momento com saudade dele
Já ao vivê-lo . . .
Barcas vazias, sempre nos impele
Como a um solto cabelo
Um vento para longe, e não sabemos,
Ao viver, que sentimos ou queremos . . .
Demo-nos pois a consciência disto
Como de um lago
Posto em paisagens de torpor mortiço
Sob um céu ermo e vago,
E que nossa consciência de nós seja
Uma cousa que nada já deseja . . .
Assim idênticos à hora toda
Em seu pleno sabor,
Nossa vida será nossa anteboda:
Não nós, mas uma cor,
Um perfume, um meneio de arvoredo,
E a morte não virá nem tarde ou cedo . . .
Porque o que importa é que já nada importe . . .
Nada nos vale
Que se debruce sobre nós a Sorte,
Ou, tênue e longe, cale
Seus gestos . . . Tudo é o mesmo . . . Eis o momento . . .
Sejamo-lo . . . Pra quê o pensamento? . . .
Já ao vivê-lo . . .
Barcas vazias, sempre nos impele
Como a um solto cabelo
Um vento para longe, e não sabemos,
Ao viver, que sentimos ou queremos . . .
Demo-nos pois a consciência disto
Como de um lago
Posto em paisagens de torpor mortiço
Sob um céu ermo e vago,
E que nossa consciência de nós seja
Uma cousa que nada já deseja . . .
Assim idênticos à hora toda
Em seu pleno sabor,
Nossa vida será nossa anteboda:
Não nós, mas uma cor,
Um perfume, um meneio de arvoredo,
E a morte não virá nem tarde ou cedo . . .
Porque o que importa é que já nada importe . . .
Nada nos vale
Que se debruce sobre nós a Sorte,
Ou, tênue e longe, cale
Seus gestos . . . Tudo é o mesmo . . . Eis o momento . . .
Sejamo-lo . . . Pra quê o pensamento? . . .
poesia ao vento
Bate o vento
sem licença do universo
Ímpeto traz
Leva as folhas
de poesias ainda não vivas
Brinca
com os cabelos das meninas
Toca pétalas
numa dança colorida
Levanta saias
em brincadeiras atrevidas
Esta aura
Que me sopra
despenteia,
inspira e aviva a alma adormecida
justifica
Tudo aquilo que se move
e ativa os olhares
Dedos que se alinham
em tempestades
para que mais uma poesia
ganhe os ares.
(Caroline Schneider)
sem licença do universo
Ímpeto traz
Leva as folhas
de poesias ainda não vivas
Brinca
com os cabelos das meninas
Toca pétalas
numa dança colorida
Levanta saias
em brincadeiras atrevidas
Esta aura
Que me sopra
despenteia,
inspira e aviva a alma adormecida
justifica
Tudo aquilo que se move
e ativa os olhares
Dedos que se alinham
em tempestades
para que mais uma poesia
ganhe os ares.
(Caroline Schneider)
sábado, 29 de maio de 2010
Saudade!
Estou com saudade
Com saudade de ti
Com saudade do que não pode ser
Estou com saudade
Sentes também?
Acho que não
Quando sentimos saudade
temos vontade de ver
de brincar
de olhar e sorrir
de falar seja sobre o que for
Mas pelo menos...
A saudade matar
Com saudade de ti
Com saudade do que não pode ser
Estou com saudade
Sentes também?
Acho que não
Quando sentimos saudade
temos vontade de ver
de brincar
de olhar e sorrir
de falar seja sobre o que for
Mas pelo menos...
A saudade matar
sexta-feira, 28 de maio de 2010
...Estou em plena luta...
... Mas olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia. Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceito o que não se entende porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas e seguranças por não termos um ao outro... Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo.
... Não temos sido puros e ingênuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer " pelo menos não fui tolo" e assim não ficarmos perplexos antes se apagar a luz...
Mas eu escapei disso, escapei com a ferocidade com que se escapa da peste e esperarei até você também estar mais pronto.
... Não temos sido puros e ingênuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer " pelo menos não fui tolo" e assim não ficarmos perplexos antes se apagar a luz...
Mas eu escapei disso, escapei com a ferocidade com que se escapa da peste e esperarei até você também estar mais pronto.
Entendo...
Que tudo é silêncio
No ceu, na terra
No dia, na noite
Entendo, sem querer,
Que nada se deve fazer
Sonhe com o que você quiser.
Vá para onde você queira ir.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida
e nela só há uma chance de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
Mesmo que seja longe...
...Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
C.L.
No ceu, na terra
No dia, na noite
Entendo, sem querer,
Que nada se deve fazer
Sonhe com o que você quiser.
Vá para onde você queira ir.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida
e nela só há uma chance de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
Mesmo que seja longe...
...Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
C.L.
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