domingo, 18 de abril de 2010

Flor Rosa

A flor Rosa
precisa ser cuidada.

Quando está feliz
a rosa fala, canta
tem esperança.

Quando está triste
a rosa chora, sem luz
ela sente saudade.

A rosa amarela tem sedução
A rosa vermelha é a pura paixão
A branca tráz Paz ao coração

As rosas de todas as outras cores
São para iluminar os amores
Chamarem para perto que está longe

A Flor Rosa
precisa ser cuidada.

Quem não sabe disso
Não conhece o feitiço
Da linda flor
Chamada Rosa

A Flor Rosa
Precisa ser cuidada

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Joinville/Rio

Estou feliz! Tudo certo para julho e outubro.
Vamos lá...O Festival e o Congresso nos espera.
Não posso esquecer o mate, claro!
Ah! Também vou tentar dançar...não só a Nati...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Coração agitado

Hoje...estou incrivelmente agitada. Só música me acalma e só pode ser aquela música que ouvia quando criança, ao menos parecida, que lembre a infância.
Naquela época, quando me sentia assim, deitava minha cabeça no colo de meu Pai. Isso me aquietava, me assegurava que ali sempre estaria bem. Ou...quando minha mãe parecia menos agitada que eu, funcionava bem, conversávamos e sua voz me tranquilizava. Era a casa do meu coração. As ilusões e fantasias me atrapalhavam e ali sempre elas eram agasalhadas por um Amor incondicional. Sem prejuízos, sem culpas. Tudo era tão pequeno e tão grande ao mesmo tempo. Por que só agora que dou-me conta de tudo isso?
Por que precisamos sofrer prá poder compreender a vida, as faltas, as ausências, as tristezas e a solidão? Queria que tudo fosse mais fácil como era antes. Sabia eu que quando chegasse em casa estaria segura, se chovesse, se trovejasse, se o mundo implodisse em si mesmo, a casa do meu coração estaria firme e forte, me esperando. Só a mim.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Estive pensando sobre o passado em nossas vidas.
Por que volta e meia ele volta?
Será porque nós não conseguimos nos desprender das lembranças?
Compreendo perfeitamente que temos uma história e é essa história que nos constroi, que forma a pessoa que somos hoje, ressoando na forma de agir frente aos desafios, nas dificuldades afetivas, na forma como nos relacionamos com nossos filhos e assim por diante.
E os amores que já aconteceram? Como fazer acontecê-los novamente?
Só se forem encarados como novos, pois as mágoas, mais cedo ou mais tarde, aparecem nas atitudes rotineiras. É uma ilusão pensar que afetos passados podem transformar-se em novos, não acredito nisso. Acredito que as pessoas mudem. Acredito que os afetos se transformem e com toda a mudança, ambos se doem mais, se coloquem numa posição de entendimento do outro melhor do que antes, deixem egoísmos e vontades próprias em segundo plano. Isto sim, pode acontecer. Porém, aquela paixão que um dia possa ter nascido...morreu. E nesta parte, não existe a Ressurreição, acreditem. Somente novas Paixões.
E vou contar-lhes uma coisa...Não deixem de sentir-se apaixonados...É muito bom. Quando o Vento me levar, serei feliz onde estiver pois sempre fui apaixonada, sempre estive apaixonada. Doida? Não! Feliz quando dá...

sábado, 10 de abril de 2010

Mucuripe

"As velas do Mucuripe,
vão sair para pescar.
Vou levar as minhas mágoas
prás águas fundas do mar...

...Aquela estrela é dela
vida, vento, vela
leva-me daqui,"

"...Quando sinto no pescoço um nó,
vem o vento e me sopra...eu sou Pó."

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O Amor Esquece de Começar

O poeta gaúcho Carpinejar, estreia na prosa com "O Amor Esquece de Começar".
Martha Medeiros recomenda na apresentação da obra:

"Entre o nonsense e a realidade, Fabricio Carpinejar é mestre em acertar no alvo, ora nos emocionando muito, ora nos emocionando bastante - as duas únicas reações que se pode ter diante deste livro escrito às ganhas".

O escritor flagra pequenos detalhes adormecidos do cotidiano e faz comparações inusitadas como a quebra do tampo do fogão com os problemas de casamento. Utiliza as duas mãos para atravessar a linguagem. De um lado, a poesia, do outro, a crônica. Explora o universo feminino, descreve quando uma mulher goza, o que ela quer, exalta a amizade da velhice, desarma os preconceitos masculinos, mostra qual a gíria entre os homens, explica que a última colher dada a um filho nunca é a última e desmoraliza expressões e eufemismos como 'dar o tempo' e 'ceder'. A mãe é uma das figuras mais exaltadas em seu texto. "Uma mulher quer dançar para os outros homens, para chamar o seu para perto. Uma mulher quer ser restituída de suas falhas, quer que acreditem nela quando mente, que duvidem dela quando fala a verdade", expressa um dos textos.

A rotina não será mais a mesma depois da coletânea, ninguém levantará os estilhaços de vidro de um copo sem pensar que "por mais que se recolha os fragmentos, algo ficará piscando no chão no dia seguinte. O vidro faz seu colar para vender ao sol."

Em seu livro, o amor é uma surpresa e uma confirmação. Um renascimento para quem até então não o encontrava. Um espelho a mostrar a beleza e o vigor a quem sempre soube identificá-lo.

"O Amor Esquece de Começar" é esse espelho. A mulher, principal interlocutora de seus textos certeiros, não está sozinha. O homem também pode participar dessas revelações que, apontadas numa direção, atingem todos e tudo.

O amor, afinal, é o sentido da vida e o conforto para a assustadora dimensão do universo. "Quero recuperar o romantismo, uma visão cristalina e verdadeira das relações amorosas, um cuidado na fala, a sedução", revela Carpinejar. "Sem idealismo, mas com idealização. A expectativa e a confiança fazem bem ao amor e não podem ser abolidos. Desejo, com as mulheres, o consenso das mãos durante o dia e dos pés durante a noite."