terça-feira, 14 de junho de 2011

Certa feita, encostada numa árvore, cujos galhos pareciam tocar as estrelas e trazê-las para baixo, para mais perto, deu-se conta de onde estava...

As ruas de Paris no frio do inverno possuem uma cor acinzentada com um brilho úmido e sons abafados. Caminhou por uma grande avenida a qual a conduzia a algum lugar. Não importava qual, afinal, estava em Paris... Chegando a uma das 37 pontes que unem uma margem a outra do Sena, parou... No meio... Pensou sobre sua vida. O que fez dela? Uma vida dividida ao meio, duas partes completamentes diferentes, como se fossem dois sonhos. Algo a partiu. Algo no mistério dos afetos, dos relacionamentos, dos medos e dos desejos a quebrou de tal forma que não vê possibilidade de juntar ambas as partes.

Duas vidas, dois sonhos, duas metades...

Um vazio no meio sem compreensão. Só há uma saída... Sair dali, das pontes de Paris...
Talvez as pontes tragam esse tipo de sensação... divisão... vazio, será?

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