sábado, 13 de agosto de 2011

Tentando entender algumas coisas para diferenciá-las numa cena psicanalítica (ou será numa cena da vida?)

Êta dificuldade... 

"No rastro da sexualidade caminha o amor ou, como queiram, no rastro do amor caminha a sexualidade. Assim como a meta da pulsão é satisfazer-se a meta do amor é encontrar-se."

Segundo Aristófanes, em vista de haver 3 gêneros em nossa natureza sapien antiga (que possuía em si ambos os gêneros macho e fêmes),  extremamente resistente e ambicioso, num determinado momento comerçaram a conspirar contra os deuses. Zeus viu-se diante de problemas e tomou providências: extinguir o terceiro gênero. Acabou partindo-o ao meio e, até hoje, procuram sua metade perdida.
Pois, então... Todos nós desejamos ser amados, tanto como pacientes como analistas. É nesse momento que me perco. Afinal, quando sou paciente e quando sou desejada de verdade? 
Eu falo e você me ouve, logo nós somos. (Ponge) Beleza! Quem?
 “A gente sabe guardar distância: à mesa, no trabalho, na rua, existe um espaço devido. Se me aproximo demais, coro, desculpo-me. Por que tal distância? Eu quero companhia e quero solidão, mas a distância convencional é menor que a pedida pelo desejo de estar comigo e muito maior que a proximidade consoladora dos amigos que faltam.”  
 (Herrmann,  “Andaimes do Real”, pag.103.)
É como quem se apaixona, que pensa conseguir o impossível. 
Mas, se é impossível, como fazer durar ? 
Só um apaixonado mesmo, louco e fora da realidade... Essa?
Essa sou eu, meus caros...

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