Ser assim é uma delícia
Desse jeito como eu sou
De outro jeito dá preguiça
Sou assim pronto e acabou.
Sou muitas coisas, principalmente aquilo que pensam de mim.
Sou para eles, não para mim.
Como sou realmente, então? Sei muito pouco de mim.
O que sei, é que tenho vontades e desejos, saciados ou não, não importa. É a única coisa certa em minha vida. A partir deles vou conquistando meus momentos de alegrias. Impossível evitar que grudados venham aqueles momentos de tristezas e decepções, medos e inseguranças. Os últimos dias têm sido uma mistura difícil de deglutir. Ouvi inquietudes da vida das pessoas que me atrapalharam por completo. Fiquei angustiada ao ponto de não conseguir perceber e controlar minhas reações. A emoção de aborrecimento com a vida vai passar, sei que vai, espero que passe. Não entendo muitas vezes esse desejo que tenho de prolongar a vida, para quê? Cansei dessa luta do ego interno com o ego externo (ambiente, não deixa de ser um ego extremamente execrável...).
O impulso de vida e o impulso de morte habitam lado a lado dentro de nós. A morte é a companheira do amor. Juntos eles reagem o mundo.(palavras de Freud- Além do Princípio do Prazer)
Além das inquietudes, tive a forte sensação de ter sido alvo de afetos que só seres humanos podem usar para agredir uns aos outros, e o pior de tudo, fruto de suas próprias fantasias. Isto é... tão... terrível. Será que se dão conta do que fazem, do que sentem ou do que dizem? Deus... Quase desisto de novo. Mas não é o que quero... Numa boa conversa com meu cachorro querido, o Kimba, perguntei a ele: Será que se eu chorar, uma hora dessas vou esquecer? Ele me olhou com um carinho que fiquei mais ainda descrente a respeito dos seres sapiens (nem humanos são mais para mim).
Não gosto de sentir esse tipo de 'auto feed back'. Prefiro me retirar, me afastar. O caminho que ando não é meu. É simples isso, é o caminho de todos. Não gosto de andar sozinha, preciso saber que estou acompanhada. Apenas coloco--me mais à direita e passe quem quiser... Peguem o que desejarem... Nada nem ninguém é de alguém, mas se acham que são as do centro, tomem o centro e sigam seu rumo. Eu não disputo nada. Apenas conquisto o que posso... E o que posso... é tão pouco... Mal sabem os bons...
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