O amor é como uma linha mestra que nos impulsiona para a união, a união com o Outro externo e a união com o Outro interno. A união com a transcendência, com a nossa socialidade, com a nossa persolnalidade mais profunda, nossa essência e a união com o Outro. O arquétipo, para se manisfestar precisa ter um objeto, precisa ter um continentePode ser imaginado, fantasiado, abstrato, mas o Amor é sim, depositado num objeto, um objeto amado, o que equivale dizer numa relação com uma outra pessoa.
Um amor através de um Outro, existencial, é possível nos dirigirmos a um autoconhecimento, um amor de transcendência.
Unir e separar: quando se busca o que mais quer e quando se deixa o que passou.
Uma criança, no início de sua vida, encontra, ou deveria encontrar, no pai e na mãe a segurança de ver seu desenvolvimento das reações subjetivas através do vínculo estabelecido entre todas as partes. São subsídios imprescindíveis para desenvolver sua consciência, sua saúde psíquica. O vínculo ENTRE os pais é misterioso, pois mesmo subliminarmente atua na estrutura da consciência de uma maneira central. Quando separa-se desses pais, sofre. Porém, esta DOR DA ALMA, é o que a fará buscar a união através dos inúmeros relacionamentos que estabelecerá em sua vida.
Sempre buscando e sempre separando porque nenhuma das partes, unidas entre si, jamais será o todo. Sempre serão transitórias.
Isso é sublime!
Platão, no Banquete, nos fala da existência de um ser uno, redondo, complexo e que por ser tão inteiro, era uma ameaça aos deuses. Os deuses, por temerem essa completude existente nese ser, o divide ao meio. Cada metade vive eternamente buscando-se, uma a outra.
Então, essa é a ideia do amor, aquele elemento que visa unir, unir à transcendência, unir ao Outro, unir a sua própria existência.
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