quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Finais

Final de ano meu cérebro insiste, teima em pensar só em acabamentos, em términos.
Engraçado que prá três amigas minhas, três pessoas que admirava, cada uma com seu jeito, cada uma com seu ponto de vista sobre a vida, sobre o mundo, sobre relacionamentos, sobre a sociedade, os términos de suas vidas (ou o começo de outra...não sabemos) foram no início do ano e no meio desse ano que está indo, ou melhor, ficando prá trás, nós que continuamos a ir... Mesmo assim, insisto em sentir nostalgias, saudades, até vem aquela vontade de ser criança de novo. Parece que minha vida, há 30 anos atrás, mais ou menos, era outra vida, ou eu era outra pessoa. Como se fosse um filme, um sonho, qualquer coisa menos minha própria vida. Longe daqui. Perto da felicidade. Era assim. Ilusão? Nada...Ilusão é o que vivemos hoje. Pessoas neurotizadas por receio de dispensas, pessoas neurotizadas porque não admitem as diferenças de vida, de pensar, de crer, de amar. Ninguém sabe o que é Amar e ficam falando o tempo todo e com aquela autoridade.

Em minha vida extrapolei muitas vezes, por pensamentos e palavras, atos e omissões. Por minha exclusiva culpa. Seria extrapolar se não extrapolasse como sempre fiz, pois sofreria muito mais, tanto nas amizades como nas paixões impossíveis de controlar.

Amo o que faço e faço tudo com amor intenso. Alguma coisa sempre termina no final do ano prá que outras comecem. É preciso que seja assim. Já pensei em ir embora várias vezes prá minha terra. Ainda não tive coragem. O que começará...não sei. Gosto de surpresas e improvisações. Mas o que terminará...desconfio.
Por minha culpa, minha tão grande culpa.

Perdão

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