Somos nada aqui nesta vida, se é que existe outra... Dei-me conta disso hoje.
Porém, também dei-me conta que há motivos para estarmos aqui.
Que há motivos para conhecermos determinadas pessoas. Que formamos uma grande rede de conhecidos.
É como se fosse a nossa família do mundo. Fuciona assim: Um certo dia qualquer, numa certa hora qualquer conhecemos alguém que passamos a não ver mais por algum tempo. Em determinadas ocasiões nos encontramos de novo, sempre ocasiões importantes, ou momentos marcantes para ambos. Casamento, festa, cerimômias de despedidas, e assim por diante. É como se, na primeira vez plantássemos uma semente de carinho. Acredito que essa é a única semente que nunca se perde, sempre vinga.
Encontrei hoje, num momento de despedida, amigas, colegas que há muito não as via e chegamos a essa conclusão: "- Pô! Sempre nos encontramos em momentos assim, reparaste nisso?"
Fui-me embora, como todos, trazendo tristeza no coração, mas também um certo alívio porque um pouquinho de minha admirável orientadora, professora e amiga, que o Senhor a chamou para mais perto dele, deixou um pedacinho dela dentro de mim. Ela não sabe, mas sua voz ficou gravada em minha memória, chamando pelo meu nome e me dizendo: "-Vem, Nadya! Vem prá cá, tens que fazer a prova, tens que te animar.! Não consegui contar a ela que estava seguindo, sem querer (eu acho) seus passos. A Psicologia era um sonho meu que ela sabia (talvez nem lembrasse mais). Tudo bem. Ela foi um modelo de estudos para mim. Obrigada Senhor, por me ter permitido cruzar seu caminho e conhecê-la. Conhecer seu jeito especial de ser, de cuidar da aprendizagem de seus pupilos com todo o carinho e a doçura que brotavam de sua Alma como brota a flor quando é chegada a hora, tão naturalmente como a chuva que cai e o vento que sopra. como o Sol que ilumina o Dia e a Lua é a dona da Noite.
Esther, sei que amavas cantar. Canta muito onde estiveres. Ainda cantarei contigo mais uma vez...
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