Eu nunca gostei das despedidas, elas sempre deixam buracos na alma. É como desmontar o coração e deixá-lo como peças de um quebra-cabeça embaralhado. É triste a partida, seja para perto ou longe. Mesmo sabendo que hoje em dia não existe lugar tão distante, a dor não diminui.
Mas exaltar as despedidas é como venerar corações partidos. Sempre fica e vai uma dor: A dor do adeus.
Olhar nos olhos, tomar um chopp, chorar, sorrir… Ações e sentimentos que ficam apenas na lembrança das cores escuras de um chocolate meio amargo. Mesmo doce, ainda existe o sabor forte da dor daquele partiu.
Quem vai, carrega consigo a saudade dentro da mala. Quem fica, sente o vazio nas esquinas que um dia por ali passaram.
Nunca gostei de exaltar o adeus. Sempre encarei como “até mais tarde” ou “até a próxima”.
Abraços, sorrisos, um simples “té mais” e, depois, vai cada um para seu lado, mesmo sabendo que aquele abraço está dizendo “até um dia”.
Não gosto das cartas que pintam o adeus. Elas deixam perfumes nas mãos de quem recebe e as lágrimas escorrem como tinta fresca jogadas à parede. Gosto das viagens, das pessoas, mas não gosto de exaltar as despedidas…
O que tem marcas são todos os momentos felizes que foram brindados, ou até mesmo aqueles dias em que choramos, brigamos e as idéias divergiram… É a presença que sempre será lembrada, não o dia do adeus. Talvez seja por isso que nunca gostei da dor das despedidas.
Até breve!
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