quarta-feira, 14 de abril de 2010

Coração agitado

Hoje...estou incrivelmente agitada. Só música me acalma e só pode ser aquela música que ouvia quando criança, ao menos parecida, que lembre a infância.
Naquela época, quando me sentia assim, deitava minha cabeça no colo de meu Pai. Isso me aquietava, me assegurava que ali sempre estaria bem. Ou...quando minha mãe parecia menos agitada que eu, funcionava bem, conversávamos e sua voz me tranquilizava. Era a casa do meu coração. As ilusões e fantasias me atrapalhavam e ali sempre elas eram agasalhadas por um Amor incondicional. Sem prejuízos, sem culpas. Tudo era tão pequeno e tão grande ao mesmo tempo. Por que só agora que dou-me conta de tudo isso?
Por que precisamos sofrer prá poder compreender a vida, as faltas, as ausências, as tristezas e a solidão? Queria que tudo fosse mais fácil como era antes. Sabia eu que quando chegasse em casa estaria segura, se chovesse, se trovejasse, se o mundo implodisse em si mesmo, a casa do meu coração estaria firme e forte, me esperando. Só a mim.

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