Meu amanhã
é um mate de cambona
lavando a alma...
É o violão
num verso de fronteira
tocando a estância...
É melodia e charla
num fundo de invernada.
É a poesia
noutra campereada.
Um pingo bueno
um cusco, um galpãozito,
uma milonga...
Tempo e saudade
pra tentear pra os lados.
Tento a vontade
pra o feitio dos aperos.
Trevo e flexilha
pra encher os olhos
e cuidar do campo!
Meus silêncios
são sinuelos de aguapés
nas aguadas do meu canto...
É um motivo a mais
a quem dedicar uma canção...
(Mauro Moraes)
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