Certa vez, numa aula de História da Música - Musica Medieval e Renascentista -, quando o professor, meu querido professor Celso, entregava as primeiras provas do semestre, meu coração parecia sair pela boca. Não queria decepcioná-lo, principalmente.
Estudei muito, pois meu objetivo sempre foi o 10. A sala estava repleta, uns 45 alunos, por aí. Nunca chegava a minha. Ele sabia que a cada prova que entregava, me aterrorizava mais. Precisava provar para ele e para mim que era capaz de tirar 10. Ora bolas, era só estudar...
Pois, assim foi até a última prova, finalmente a minha. Nesse meio tempo, minha fantasia corria a 100 km/h na minha frente e não conseguia contê-la.
Antes de entregar-me a prova, olhou fundo nos meus olhos (sentava exatamente no meio da sala, na 1ª fila), e disse:
- Um dia a roda da fortuna está em cima, no outro...Ah! No outro não vais ter tanta sorte assim. Será que me conhecia tanto?
Lançou-me aquele desafio para provocar-me de tal forma que até o fim do semestre a roda da fortuna manteve-se no mesmíssimo lugar. Mais um 10, para meu ego estrondoso, só naquele momento, diga-se de passagem. Foi o máximo! Vibrei, encerrei meu semestre como a única aluna a tirar nas duas provas...10.
Quando lembro da Roda da Fortuna, esse fato vem junto, como se estivesse carimbado em minha alma.
Aliás, morro de saudade das aulas do professor Celso.
Só que...
O que fazer quando algumas coisas não saem como o previsto?
Penso demais no que certas pessoas pensam e isso começou a me atrapalhar.
Gostaria de não me preocupar tanto com tudo.
Desta vez, acho que a Roda da Fortuna me venceu...
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