...Mas não sou completa,não.
Completa lembra realizada.
Realizada é acabada. Acabada é o que não se renova a cada instante da vida e do mundo. Eu vivo me completando... mas falta um bocado.
Falta sim...
Por isso canto
Por isso escrevo
Por isso amo
e me apaixono o tempo inteiro
por isso preciso de amigos
Eles são a fonte da esperança
a fonte prá acreditar que vale a pena
estarmos vivos.
Por isso.
Assim como em música, este espaço dedica-se a ideias entre um sentimento e outro que aparecem sem querer, ou por necessidade que poderão vir a modular um tema emocional, oferecendo vários sentidos a ele e a quem o expressa. É...na verdade, é só um blog como outro qualquer, com uma montanha de palavras que algumas vezes parecem fazer sentido, outras vezes...não
domingo, 29 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
era uma vez uns olhos
um dia olhei uns olhos
que do nada
sem ter razão
me olharam com uma interrogação
hoje sonhei com eles
olhos que não saem
da foto gravada
que deixaram em meu coração
que do nada
sem ter razão
me olharam com uma interrogação
hoje sonhei com eles
olhos que não saem
da foto gravada
que deixaram em meu coração
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Por que não?
...E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...
Pablo Neruda
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...
Pablo Neruda
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Até a Shakira ajuda...
Mil años no me alcanzarán
Para borrarte y olvidar
Y ahora estoy aquí
Queriendo convertir
Los campos en ciudad
Mezclando el cielo con el mar
...
Estoy aquí quierendote
Ahogándome
Entre fotos y cuadernos
Entre cosas y recuerdos
Que no puedo comprender
Estoy enloqueciendome
Cambiándome un pie por la cara mía
Esta noche por el día
Que nada le puedo yo hacer
Para borrarte y olvidar
Y ahora estoy aquí
Queriendo convertir
Los campos en ciudad
Mezclando el cielo con el mar
...
Estoy aquí quierendote
Ahogándome
Entre fotos y cuadernos
Entre cosas y recuerdos
Que no puedo comprender
Estoy enloqueciendome
Cambiándome un pie por la cara mía
Esta noche por el día
Que nada le puedo yo hacer
PROJETO DE PREFÁCIO
Sábias agudezas... refinamentos...
- não!
Nada disso encontrarás aqui.
Um poema não é para te distraíres
como com essas imagens mutantes de caleidoscópios.
Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe
Um poema não é também quando paras no fim,
porque um verdadeiro poema continua sempre...
Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte
não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras.
Mario Quintana
- não!
Nada disso encontrarás aqui.
Um poema não é para te distraíres
como com essas imagens mutantes de caleidoscópios.
Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe
Um poema não é também quando paras no fim,
porque um verdadeiro poema continua sempre...
Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte
não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras.
Mario Quintana
domingo, 15 de agosto de 2010
Mário Benedetti 2 - Por que cantamos?
Si cada hora viene con su muerte
si el tiempo es una cueva de ladrones
los aires ya no son los buenos aires
la vida es nada más que un blanco móvil
usted preguntará por qué cantamos
si nuestros bravos quedan sin abrazo
la patria se nos muere de tristeza
y el corazón del hombre se hace añicos
antes aún que explote la vergüenza
usted preguntará por qué cantamos
si estamos lejos como un horizonte
si allá quedaron árboles y cielo
si cada noche es siempre alguna ausencia
y cada despertar un desencuentro
usted preguntará por que cantamos
cantamos por qué el río está sonando
y cuando suena el río / suena el río
cantamos porque el cruel no tiene nombre
y en cambio tiene nombre su destino
cantamos por el niño y porque todo
y porque algún futuro y porque el pueblo
cantamos porque los sobrevivientes
y nuestros muertos quieren que cantemos
cantamos porque el grito no es bastante
y no es bastante el llanto ni la bronca
cantamos porque creemos en la gente
y porque venceremos la derrota
cantamos porque el sol nos reconoce
y porque el campo huele a primavera
y porque en este tallo en aquel fruto
cada pregunta tiene su respuesta
cantamos porque llueve sobre el surco
y somos militantes de la vida
y porque no podemos ni queremos
dejar que la canción se haga ceniza
si el tiempo es una cueva de ladrones
los aires ya no son los buenos aires
la vida es nada más que un blanco móvil
usted preguntará por qué cantamos
si nuestros bravos quedan sin abrazo
la patria se nos muere de tristeza
y el corazón del hombre se hace añicos
antes aún que explote la vergüenza
usted preguntará por qué cantamos
si estamos lejos como un horizonte
si allá quedaron árboles y cielo
si cada noche es siempre alguna ausencia
y cada despertar un desencuentro
usted preguntará por que cantamos
cantamos por qué el río está sonando
y cuando suena el río / suena el río
cantamos porque el cruel no tiene nombre
y en cambio tiene nombre su destino
cantamos por el niño y porque todo
y porque algún futuro y porque el pueblo
cantamos porque los sobrevivientes
y nuestros muertos quieren que cantemos
cantamos porque el grito no es bastante
y no es bastante el llanto ni la bronca
cantamos porque creemos en la gente
y porque venceremos la derrota
cantamos porque el sol nos reconoce
y porque el campo huele a primavera
y porque en este tallo en aquel fruto
cada pregunta tiene su respuesta
cantamos porque llueve sobre el surco
y somos militantes de la vida
y porque no podemos ni queremos
dejar que la canción se haga ceniza
sábado, 14 de agosto de 2010
Mário Benedetti
Más de una vez me siento expulsado y con ganas
de volver al exilio que me expulsa
y entonces me parece que ya no pertenezco
a ningún sitio, a nadie.
¿Será en indicio de que nunca más
podré no ser un exiliado?
¿Qué aquí o allá o en cualquier parte
siempre habrá alguien que vigile y piense,
éste a qué viene?
Y vengo sin embargo tal vez a compartir cansancio y vértigo
desamparo y querencia
también a recibir mi cuota de rencores
mi reflexiba comisión de amor
en verdad a qué vengo
no lo sé con certeza
pero vengo.
de volver al exilio que me expulsa
y entonces me parece que ya no pertenezco
a ningún sitio, a nadie.
¿Será en indicio de que nunca más
podré no ser un exiliado?
¿Qué aquí o allá o en cualquier parte
siempre habrá alguien que vigile y piense,
éste a qué viene?
Y vengo sin embargo tal vez a compartir cansancio y vértigo
desamparo y querencia
también a recibir mi cuota de rencores
mi reflexiba comisión de amor
en verdad a qué vengo
no lo sé con certeza
pero vengo.
domingo, 8 de agosto de 2010
Meu Pai!
Meu Pai era um homem inteligente, elegante e envolvente.
Rígido quanto às questões sobre Educação e cidadania.
Conhecia o mundo e queria que eu conhecesse também. Dizia ser a melhor forma de aprender sobre a vida. Sempre lhe dei razão, nunca discordei, mesmo quando brigávamos em Português e Espanhol...Só imaginem o que era...
Tocava o piano como ninguém, e cantava melhor ainda. Sempre dizia que eu desafinava e me explicava como deveria fazer. Era requintado, sabia tudo sobre etiqueta, frequentava ambientes sociais diversos e muitas vezes me levou junto e procurava ensinar-me. Dizia: Mirame y tenés que hacer igual.
Ai...Deus...Que ansiedade era. Achava que não ia conseguir mas sempre dava certo. Andamos por muitos países, minha mãe tinha medo de avião, acabávamos indo só nós. Veneza; Milano; Roma; Paris; NYC; Boston; Madrid; Lisboa; Ilhas Canárias; Todo Uruguay e casi toda Argentina. Brasil, então...
Que saudade de conversar sobre política com ele, sobre filosofia...Como aprendia...
Sempre chega essa época e fico assim...Com saudade do jeito uruguaio de meu pai... Beijo Pai!!
Rígido quanto às questões sobre Educação e cidadania.
Conhecia o mundo e queria que eu conhecesse também. Dizia ser a melhor forma de aprender sobre a vida. Sempre lhe dei razão, nunca discordei, mesmo quando brigávamos em Português e Espanhol...Só imaginem o que era...
Tocava o piano como ninguém, e cantava melhor ainda. Sempre dizia que eu desafinava e me explicava como deveria fazer. Era requintado, sabia tudo sobre etiqueta, frequentava ambientes sociais diversos e muitas vezes me levou junto e procurava ensinar-me. Dizia: Mirame y tenés que hacer igual.
Ai...Deus...Que ansiedade era. Achava que não ia conseguir mas sempre dava certo. Andamos por muitos países, minha mãe tinha medo de avião, acabávamos indo só nós. Veneza; Milano; Roma; Paris; NYC; Boston; Madrid; Lisboa; Ilhas Canárias; Todo Uruguay e casi toda Argentina. Brasil, então...
Que saudade de conversar sobre política com ele, sobre filosofia...Como aprendia...
Sempre chega essa época e fico assim...Com saudade do jeito uruguaio de meu pai... Beijo Pai!!
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Ausência
"Não há falta na ausência...Ninguém a rouba mais de mim."
Se Drummond diz, não vou discutir. Já que é tudo o que me resta.
A ausência passa a ser um existir em si mesma, assim, eu a tenho.
Se Drummond diz, não vou discutir. Já que é tudo o que me resta.
A ausência passa a ser um existir em si mesma, assim, eu a tenho.
domingo, 1 de agosto de 2010
Fazer Poesia - Rinaldo Pedro
Fazer poesia é brincar,
é voltar a ser criança,
fazer poesia é sonhar,
voar de pijama.
Fazer poesia é dormir acordado,
expressar-se calado,
estar na hora certa, atrasado.
Fazer poesia é andar sem sair,
é chegar sem partir,
é falar sem mentir,
é o côncavo e o convexo...
fazer poesia é o errado dá certo,
quem sabe, é a pureza com o sexo.
é voltar a ser criança,
fazer poesia é sonhar,
voar de pijama.
Fazer poesia é dormir acordado,
expressar-se calado,
estar na hora certa, atrasado.
Fazer poesia é andar sem sair,
é chegar sem partir,
é falar sem mentir,
é o côncavo e o convexo...
fazer poesia é o errado dá certo,
quem sabe, é a pureza com o sexo.
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